6 de novembro de 2013
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Ocupação de casarão histórico em Belo Horizonte é discutida em audiência pública

dsc03476Em caráter emergencial, a Comissão de Participação Popular (CPP) realizou nesta quarta-feira, 6, audiência pública para discutir a destinação do casarão da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que fica no bairro Santa Efigênia, região Leste da cidade. O prédio, abandonado desde a década de 90, está ocupado por militantes e ativistas que lutam para que o local seja transformado no centro cultural Espaço Comum Luiz Estrela.

 

Entre as demandas apresentadas durante reunião, estão a solicitação ao governador da revogação do termo de cessão de uso à Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), assim como o cancelamento da liminar de reintegração de posse pela Polícia Militar. Jovens e coletivos culturais que ocupam o espaço solicitaram também o restabelecimento dos serviços de água e luz no prédio. Os encaminhamentos serão votados nesta quinta-feira, 7, durante reunião ordinária da CPP.

 

Para o presidente da Comissão, deputado André Quintão, “há um movimento vivo na cidade requerendo uma utilização mais interessante para o casarão priorizando atividades sócio-culturais e artísticas por meio de um processo autogestionado, coletivo e colaborativo”.

 

O deputado comparou a questão do casarão da Fhemig com outros fatos recentes, como a proposta da Prefeitura de construir uma escola automotiva no Mercado Distrital de Santa Tereza (Área de Diretriz Especial) e a possível implantação da Operação Urbana Consorciada na cidade. “Todas essas questões colocam em pauta como vem sendo pensada a ocupação dos espaços públicos em Belo Horizonte e suas as consequências para o futuro da cidade ”, avalia André.

 

A reunião contou com a presença representantes do governo estadual, da Fhemig, da Feluma, de vereadores de Belo Horizonte, além de militantes e ativistas que ocupam o casarão.

 

Discussão

 

O movimento de ocupação solicitou mais transparência por parte dos órgãos públicos e a inclusão da sociedade nos debates sobre a destinação do prédio. O objetivo é transformar o local em um centro cultural com atividades formativas, de vivências artísticas, culturais e políticas.

 

Representantes do governo, Fhemig e Feluma se comprometeram a manter aberto um canal de diálogo até a definição de um consenso entre as partes envolvidas.

 

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