Povos Indígenas e parlamentares exigem medidas para a Educação Indígena em Minas
Representantes de várias etnias indígenas de Minas e integrantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas e demais Comunidades Tradicionais, em audiência com a secretária de Estado da Educação, Julia Sant’Anna, entregaram uma “Carta Aberta dos Povos Indígenas de Minas Gerais” com reivindicações sobre a Educação Indígena no Estado, problemas vividos durante a pandemia e de revisão dos cortes de recursos que comprometem a volta às aulas presenciais quando for possível retomá-las.
O deputado André Quintão participou da audiência, que já deixou marcadas novas reuniões. Também participaram as deputadas Leninha (PT), Ana Paula Siqueira (Rede) e Andréia de Jesus (Psol), que integram a Frente Parlamentar na Assembleia Legislativa. Na Carta, os indígenas questionam o corte de 15,9 milhões previstos para 2021, a não renovação do contrato de centenas de profissionais e redução de turmas. “Não podemos admitir que a pandemia seja utilizada como razão para neutralizar nossa conquista coletiva!”, afirma a Carta, que pede a retomada da Comissão Estadual da Educação Escolar Indígena, suspensa desde o início do governo Zema.
Cortes serão revistos – A secretária assegurou que serão revistos os cortes nos contratos e a Comissão da Educação Escolar Indígena será imediatamente retomada. Para o período de 7 a 23 de abril ficaram marcadas reuniões remotas da Comissão com todas as escolas indígenas. E no período de 28 a 30 de abril, haverá um Seminário dos integrantes da Comissão. Júlia Sant`Anna se comprometeu com os representantes indígenas e parlamentares que na próxima quarta-feira, dia 7, dará respostas às demais reivindicações da Carta.