28 de novembro de 2013
NOTÍCIAS

Base governista vota pela extinção de fundo dos servidores

Reunião Extraordinária

Depois de mais de 16 horas de obstrução pelos deputados do Bloco Minas Sem Censura (PT, PMDB e PRB), a base governista da Assembleia de Minas aprovou, na madrugada desta quinta-feira, 28, em 1º turno, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 54/13, que extingue o Fundo de Previdência do Estado de Minas Gerais (Funpemg).  A proposta recebeu 45 votos favoráveis e 12 contrários.
De acordo com o deputado André Quintão, o Ministério da Previdência e o Ministério Público já foram acionados. “É prioritário barrarmos essa atitude contrária aos interesses do funcionalismo”, declarou. O PLC  foi apreciado em 2º turno pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, e voltará ao Plenário na próxima semana.Servidores e representantes de entidades sindicais acompanharam o debate.
O projeto
O PLC 54/13, apresentado pelo Governo de Minas e aprovado na forma do Substitutivo nº 2, determina a extinção do fundo destinado aos servidores que ingressaram na carreira pública estadual depois de 2002. A lei de criação do fundo previa que sua extinção deveria ser precedida de plebiscito entre os contribuintes. Por meio de uma manobra da base governista na Assembleia Legislativa,  o
artigo que exigia esse procedimento foi revogado em 30 de outubro deste ano.
Desta forma, o governador enviou ao Legislativo o projeto de lei complementar propondo a extinção do Funpemg e transferência dos seus recursos (mais de R$ 3 bilhões) para o Fundo Financeiro de Previdência (Funfip). Além de abranger servidores que iniciaram sua carreira antes de 2002, o Funfip exige um aporte de recursos do Tesouro na ordem de 700 milhões mensais. De acordo com fontes do próprio governo, o déficit deste fundo já passa de R$ 8 bilhões.
Durante reunião, parlamentares do Bloco Minas Sem Censura apresentaram informações sobre a posição do Ministério da Previdência Social. No início da reunião, foi lida uma mensagem enviada de Brasília pelo líder do Bloco, Sávio Souza Cruz (PMDB). O texto dizia: “o ministro (Carlos Eduardo Gabas, ministro em exercício da Previdência Social) vai comunicar ao governador que, caso insista em extinguir a Funpemg, perderá o CRP (Certificado de Regularização Previdenciária) e, por isso, ficará impedido de receber transferências voluntárias da União ou financiamentos federais”.
Para o deputado André Quintão, “esse anúncio de que o Ministério da Previdência está apontando irregularidades da votação é muito grave. Isso pode significar o corte de verbas federais para programas importantes, como o Minha Casa, Minha Vida”.

 

Confira o pronunciamento do deputado André Quintão

 

 Veja o resultado da reunião

 

 

 

Últimas Notícias

plugins premium WordPress