A história recente escancarou o risco que a mineração traz para as vidas humanas, mas o problema também existe até mesmo quando não há rompimento de barragens. Como exemplo de alguns de seus impactos, podemos destacar que a atividade mineral desenfreada polui lençóis freáticos, libera partículas de poeira que afetam a saúde respiratória das comunidades do entorno e libera compostos químicos nos rios. Isso, sem discutir a respeito da devastação de mata nativa causada por ela.

A mineração tem, sim, um grande peso na economia de Minas Gerais, mas os impactos socioambientais causados por ela são brutais. Além dos crimes da Samarco e da Vale, as consequências da atividade mineral predatória são sentidas todos os dias pelos mineiros, pelas águas, pela flora e pela fauna do estado.

Minas Gerais tem todas as ferramentos que precisa para diversificar sua economia. Uma grande biodiversidade e um povo trabalhador e criativo. Agricultura Familiar (que alimenta a maioria da população), Economia Solidária e Turismo Ecológico são apenas alguns dos exemplos de atividades sustentáveis que devem ser incentivadas.

Não podemos continuar reféns de commodities, como o café ou a mineração. O estado tem plenas condições de se libertar de tamanha dependência!

André Quintão – Líder do Bloco Democracia e Luta na ALMG