Bolsonaro quer usar dinheiro do PIS/Pasep do povo para pagar contas
Sem apoio para nefasta reforma da Previdência, que só retira direitos, desgoverno agora quer usar abono dos brasileiros para pagar contas públicas
São cinco meses de uma economia estagnada e de um governo sem planejamento. O desemprego já atinge 13,4 milhões de brasileiros e Jair Bolsonaro(PSL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, só pensam em cortar mais direitos dos trabalhadores com a reforma da Previdência. Agora, a dupla também quer o PIS/Pasep das famílias.
O PIS é um abono pago aos trabalhadores da iniciativa privada administrado pela Caixa Econômica Federal. O Pasep é pago a servidores públicos por meio do Banco do Brasil.
Segundo a Folha de S. Paulo, o desgoverno de Bolsonaro quer enviar uma medida provisória ao Congresso Nacional para autorizar o Tesouro Nacional a usar os recursos do PIS/Pasep não sacados pelos trabalhadores. O objetivo é usar o dinheiro dos brasileiros para aliviar a situação das contas públicas e, assim, evitar novos cortes de recursos em meio à restrição fiscal do país.
Ainda de acordo com a publicação, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, estima que até R$ 20 bilhões podem ser usados, uma vez que, muitos brasileiros deixam de fazer os saques. Ocorre, no entanto, que muitos trabalhadores nem sabem que têm o dinheiro guardado.
Chantagem de Guedes e economia no fundo do poço
Sem apoio para sua nefasta reforma da Previdência, o ministro da Economia voltou a fazer chantagem com os trabalhadores. Guedes afirmou que ações só serão tomadas após as reformas. “Vamos liberar PIS/Pasep, FGTS, mas assim que saírem as reformas. Se abre essas torneiras sem as mudanças fundamentais, é o voo da galinha”, afirmou há cerca de duas semanas.
À Folha, especialistas afirmaram que usar o PIS/Pasep dos trabalhadores não resolve o problema fiscal do governo, nem fortalece a economia. Economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central cortaram em mais de um ponto percentual a estimativa para a produção industrial neste ano. Segundo o levantamento semanal, a expectativa de crescimento da indústria é de apenas 0,47% neste ano, contra expansão prevista anteriormente de 1,49%. Para 2020 permanece a projeção de crescimento de 3%.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo