Trabalhadores não conseguem atendimento nas agências do INSS
A precarização do atendimento nas agências do INSS, com redução de funcionários, atendimento exclusivo pela Internet e lentidão nos processos, é uma estratégia para enfraquecer a proteção social e o acesso aos benefícios, como aposentadorias, o Benefício de Prestação Continuada BPC) e aposentadorias por invalidez. A situação foi debatida em audiência pública na quarta-feira, dia 21, na Comissão do Trabalho, Previdência e Assistência Social.
Mais de 80% dos beneficiários recebem até dois salários mínimos e não têm condições de entrar no site, cadastrar, preencher requerimentos e dar entrada nos processos pelo site. O BPC e outros benefícios estão sendo cortados. “Os trabalhadores mais vulneráveis não têm acesso ao site e não conseguem mais encontrar assistência nas agências físicas”, relatou a diretora do Sindicato dos Médicos de Minas, Valneia Cristina Moreira. “A Reforma da Previdência está sendo feita, na prática, pelas agências”, afirmou Gustavo Henrique Teixeira, da Comissão Nacional de Assistentes Sociais do INSS. Ele informou que os processos têm demorado de oito meses a um ano.
O deputado André Quintão destacou a gravidade do desmonte da rede de proteção social e previdenciária no País que, na verdade, teve início com o golpe, pelo ex-presidente Temer. “Trata-se de uma estratégia deliberada de dar fim à Previdência Social para que o mercado assuma essa responsabilidade”, disse.