Com a participação de 76 parlamentares, a Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, o reconhecimento do estado de calamidade pública no território mineiro decorrente da pandemia do coronavirus até o dia 31 de dezembro de 2020, com uma revisão a ser feita pelo Legislativo no dia 20 de julho. A medida é fundamental para permitir ao Estado tomar providências emergenciais, sem entraves de ordem burocrática e fiscal, para o combate à epidemia e para a redução de seus impactos em todo o território.

A votação aconteceu na quarta-feira, dia 25, à tarde, em reunião histórica que marcou a primeira votação feita de forma remota no Legislativo mineiro, transmitida ao vivo pela TV Assembleia. Todos os deputados e deputadas declararam seus votos usando recursos tecnológicos. Já nesta quinta-feira, 26, foi publicada no Diário do Legislativo a promulgação da Resolução aprovada, de número 5. 529. A próxima votação será na terça-feira, dia 31.

Bolsonaro rechaçado

A maioria dos parlamentares, inclusive os governistas, criticou a postura do presidente Bolsonaro e reforçou a necessidade do isolamento social em Minas para salvar vidas. “Rechaçamos as barbaridades ditas por Bolsonaro. O Brasil vai vencer a pandemia sem a colaboração do presidente”, afirmou o deputado André Quintão. Líder do Bloco Democracia e Luta, André explicou que nas próximas reuniões serão votados projetos complementares, já apresentados e que estão sendo priorizados por acordo dos líderes, que tratam do fortalecimento da estrutura do SUS e do apoio à população de Minas, sobretudo aos segmentos mais vulneráveis, durante o período de isolamento.

Piso Mineiro – Desde já, André cobrou medidas imediatas do Governador Zema. “É preciso iniciar, imediatamente, o pagamento da Bolsa Reciclagem aos catadores e do Piso da Assistência Social aos 853 municípios, para viabilizar, em todo o Estado, o apoio aos idosos, moradores de rua e outros segmentos atendidos pelo SUAS”.