“Vamos virar o jogo”, afirma Lula para mais de 10 mil pessoas em BH
Diante de uma multidão vibrante e emocionada de mais de 10 mil pessoas na Praça da Estação, em Belo Horizonte, o ex-presidente Lula encerrou na segunda-feira a Caravana de oito dias por mais de 1.700 km nas estradas mineiras. “Vamos virar o jogo e trazer a democracia de volta, fazer com que o povo pobre, a classe média e os pequenos empresários voltem a acreditar neste País”, afirmou Lula. “Espero que os mineiros estejam na frente de batalha pra gente vencer essa briga" completou, no longo discurso em que esbanjou energia e vigor e sintetizou as diversas mensagens que deixou nas 21 cidades visitadas pela Caravana. Defendeu a educação como pilar para o desenvolvimento, contou episódios emblemáticos da história do Brasil, rechaçou os golpistas e a venda do patrimônio brasileiro, reafirmou sua disposição para se candidatar e a proposta de um referendo para revogar as medidas do governo Temer.
O caminho do Golpe - O Ato político e cultural em Belo Horizonte teve a presença da ex-presidenta Dilma, do Governador Fernando Pimentel, do senador Lindbergh Faria, deputados federais e estaduais, vereadores, movimentos sociais e artistas. “Sempre que tivemos democracia nós avançamos. Isto ocorreu em quatro eleições. Derrotados tantas vezes, só restava a eles o caminho que sempre usaram no Brasil, o caminho do golpe”, afirmou Dilma.
Milhões de Lulinhas – Lula destacou que o Brasil demorou quatro séculos para ter sua primeira Universidade, implantada no Rio de Janeiro em 1920, evidenciando o descaso e a perversidade da elite política brasileira em relação à educação do povo, ao fomento da pesquisa e formação de uma Nação soberana. “Não pensem que descobrimos o Pré Sal por sorte, e sim porque investimos pesado em pesquisa", contrapôs, e citou ainda a interiorização das universidades e institutos tecnológicos nos governos do PT.
“Toda vez que a direita resolve usurpar o poder, a primeira coisa que faz é destruir moralmente seus adversários”, disse Lula. Lembrou Getúlio Vargas, Jango e, visitando a história de Minas, destacou Juscelino Kubtschek, como foi perseguido e acusado de corrupção. “Talvez eu seja tão paciente quanto o JK”, disse. Citou também Tiradentes: "Eles mataram a carne mas não mataram os ideais da Independência”, concluiu. O ex-presidente disse que Lula, que incomoda tanta gente, hoje é também uma ideia. “Todos vocês são milhões de lulinhas que querem mudar esse país".



André: Caravana anima todos que lutam por um Brasil melhor
O deputado André Quintão, que acompanhou todo o percurso da Caravana Lula por Minas Gerais, destacou no Plenário o sucesso e a dimensão política desta caravana, em sua opinião, maiores do que todas as outras que o ex-presidente Lula já fez em Minas Gerais. “Nestes oito dias, reunindo-se com pessoas do povo, assentados da Reforma Agrária, quilombolas, indígenas, jovens, professores, reitores, autoridades locais, Lula ouviu o povo, recebeu o carinho e o reconhecimento pelo legado dos governos do PT, mas ao mesmo tempo, a preocupação com a democracia e com os retrocessos sociais”, resumiu. “Lula conseguiu animar todos que lutam por um Brasil melhor”, afirmou.
A Caravana visitou o Vale do Aço, Rio Doce, Mucuri, Médio E Alto Jequitinhonha, Norte de Minas e Região Central, culminando em Belo Horizonte, após 21 cidades, algumas programadas e outras a pedido de manifestantes nas estradas. “Em todos os recantos de Minas a população manifestou claramente: eleições sem a presença de Lula é fraude”, afirmou.
Visão Parlamentar
Em entrevista à TV Assembleia, o deputado estadual André Quintão analisou os efeitos políticos da caravana Lula Pelo Brasil, que percorreu mais de 20 cidades em Minas Gerais. Assista a entrevista:

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