BOLETIM ELETRÔNICO SEMANAL • DEPUTADO ANDRÉ QUINTÃO • EDIÇÃO N° 465 • 12/04/2019


Audiência fortalece a luta: não à Reforma da Previdência

“Quem nunca construiu nada para o Brasil, não tem o direito de destruir”, afirmou o deputado André Quintão, em audiência pública sobre a Reforma da Previdência nesta sexta-feira, dia 12, que reuniu mais de três mil trabalhadores rurais na Comissão do Trabalho, Previdência e Assistência Social. A audiência contou com a presença do senador Paulo Paim (PT/RS) e teve um único grito: “Não à Reforma da Previdência”.

André destacou que é tarefa dos trabalhadores e trabalhadoras e dos parlamentares comprometidos lutar até o fim contra a Reforma proposta pelo Presidente Bolsonaro. “Ela destrói a Seguridade Social para só beneficiar o sistema financeiro, que não planta, que não colhe, que não distribui renda, que não alimenta, disse André.

O senador Paulo Paim citou que a Previdência Social no Brasil completará cem anos em 2023, e perguntou: “sabe quantas vezes ela atrasou um salário? Nenhuma”, respondeu, discorrendo depois a crueldade da Reforma do governo Bolsonaro, que eleva o tempo de contribuição, a idade mínima e praticamente impede a aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras. Tudo para introduzir a Capitalização, uma “poupança” para os bancos. “Adeus, Reforma da Previdência. A Previdência é nossa, não é do sistema financeiro”, conclamou.




Governo Zema faz 100 dias
de obsessão por cortes

“Demoniza os servidores, como se fossem culpados pela crise e demoniza o Estado, quando foi eleito para governá-lo”

Ao completar o marco de 100 dias, o Governo Zema mostrou apenas um vazio de propostas para solucionar problemas urgentes de Minas, avaliou o deputado André Quintão, líder do Bloco Democracia e Luta. Sem liderança política, o governador não congrega as demandas dos segmentos sociais e econômicos do Estado para lutar pelo que Minas merece. Ao contrário, propõe cortes e entrega do patrimônio dos mineiros, sem medir consequências, como a extinção da Educação Integrada, da Escola de Saúde Pública, da Rádio Inconfidência, das bolsas da Fapemig e até a venda da Cemig e Copasa.

Clique aqui para ler o artigo “Minas precisa reagir”.


 

CPI quer apontar os responsáveis pelo crime e agilidade na reparação às famílias

“A CPI já comprovou que um dos problemas centrais é a apresentação de laudo forjado pela Vale e Auditoria contratada, e que o sistema não tem mecanismos de checagem própria. A prioridade agora é apontar os responsáveis pelo crime de Brumadinho, afirmou o deputado André Quintão, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) da Barragem de Brumadinho.

Nesta quinta-feira, a CPI ouviu Maria Teresa Viana Corujo, membro do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e único voto contrário ao pedido da Vale, ao final de 2018, para obter nova licença de operação na Mina de Córrego do Feijão, a partir de 2019 e por mais dez anos - e não apenas o seu descomissionamento, como foi dito quando se rompeu a Barragem. Maria Teresa levou documentos e relatou artifícios, como o rebaixamento da classe do empreendimento de 6 para 4 sem com o objetivo de acelerar o licenciamento. “Então são as empresas mineradoras decidindo sobre as licenças para os seus empreendimentos”, disse.

Identificação das vítimas

Ainda na quinta-feira, a CPI fez uma visita ao Instituto de Criminalística da Policia Civil, responsável pela identificação das vítimas. Os deputados constataram que o órgão convive com deficiência de equipamentos, insumos e de pessoal e vão cobrar do Governo do Estado e da Vale providências, em respeito às famílias angustiadas, que ainda aguardam por notícias.

Na segunda-feira, dia 8, a CPI ouviu a Defesa Civil e Sindicatos dos trabalhadores e apurou também uma sucessão de equívocos que podem configurar crime da mineradora. A Defesa Civil informou que seis meses antes alertou a Vale de que as sirenes não estavam funcionando e recomendou ampliação de simulados.

 


Cortes na Educação em Tempo integral afetam 81 mil alunos

Mais um drástico retrocesso social e para a educação em Minas foi anunciado esta semana e deixou indignados parlamentares e professores: o programa de Educação em Tempo Integral, que já funcionou em 1.640 escolas, será mantido em apenas 500, informou nesta quarta-feira, dia 10, na Assembleia Legislativa, a secretária de Educação Júlia Sant´Anna. Com isso, são excluídos do programa 81 mil alunos de um total de 111 mil que tem dois turnos nas escolas. Ela alegou falta de recursos para a alimentação escolar.

“O desmonte de mais uma política pública prejudica milhares de jovens e de famílias, comprometendo a construção de projetos de vida”, protestou o deputado Andre Quintão, líder do Bloco Parlamentar Democracia e Luta.

Caminho do tráfico - A secretária participou de audiência na Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, presidida pela deputada Beatriz Cerqueira. Os parlamentares destacaram que, além do valor que têm para a educação as atividades esportivas e culturais no contra-turno das aulas, as famílias contam com essa segurança e milhares de jovens, ficando nas ruas, podem seguir caminhos como o tráfico de drogas. “A medida terá graves repercussões sociais”, alertou André.




Audiência Pública rechaça o fim
da Rádio Inconfidência AM

Conhecida como “Gigante do Ar” por alcançar os 835 municípios mineiros e longínquos rincões do Estado, a Inconfidência AM, fundada há 82 anos , poderá ser fechada por decisão do Governo Zema. Em audiência pública na Assembleia, jornalistas, radialistas, parlamentares, artistas e funcionários da Rádio lotaram o auditório em defesa da emissora. A audiência foi requerida pelos deputados André Quintão, Celinho Sintrocel e a deputada Beatriz Cerqueira à Comissão do Trabalho, Previdência e Assistência Social.

“Por sua História, por sua importância para a Cultura e a Comunicação Pública, por seus trabalhadores e pelos ouvintes em Minas e em diversos cantos do País, a Inconfidência AM não pode ser extinta”, afirmou André. Representando o governo, Solanda Steckelberg Silva, secretária adjunta de Cultura, alegou que a decisão é técnica, mais que econômica, para atender decreto de 2013 que prevê a migração da AM para FM. Ela sustentou que não haverá demissões, mas admitiu um Programa de Demissões Voluntárias (PDV).

Tombamento como Patrimônio Imaterial - A presidenta do Sindicato dos Jornalistas, Alessandra Mello, disse que a entidade luta pelo tombamento da Rádio Inconfidência, “pois ela é, de fato, um patrimônio artístico e histórico dos mineiros”. A sindicalista rebateu as alegações técnicas: “o decreto de 2013 não estabelece a obrigatoriedade de migração hoje e mais de 500 rádios AM permanecem no País. Em 2023, quando o processo de digitalização da TV no Brasil for concluído, será aberta uma banda para encaixar as rádios AM no espectro FM”, explicou. A Inconfidência AM e FM conta hoje com 86 funcionários concursados e 16 comissionados, informou, alertando para o risco de demissões ilegais, abrindo grave precedente.

Os parlamentares aprovaram requerimentos da ALMG ao Governador pedindo a manutenção da Rádio no ar, de todos os funcionários e a criação da Empresa Mineira de Comunicação, com seu Conselho Curador, e do Conselho Estadual de Comunicação. Vão encaminhar, também, ao Instituto IEPHA, o pedido de celeridade no processo para transformar a Inconfidência AM em Patrimônio Imaterial de Minas.



Frente Parlamentar vai defender direitos dos povos tradicionais

Minas Gerais já conta com uma Frente Parlamentar de Defesa dos Povos Indígenas, Quilombolas e Demais Comunidades Tradicionais, que foi instalada na segunda-feira, dia 8, dentro das atividades do “Abril Indígena”, com a presença de mais de 200 indígenas de várias etnias que vivem em Minas. A Frente tem a coordenação do deputado André Quintão e das deputadas Leninha (PT), Andréia de Jesus (Psol) e Ana Paula Siqueira (Rede) e conta com a adesão de 29 parlamentares que subscreveram a Carta de Princípios de sua criação.

André abriu os trabalhos e destacou que a iniciativa foi proposta pelas próprias lideranças indígenas e quilombolas e abraçada pelos parlamentares com objetivo de fortalecer a luta pelos direitos dos povos tradicionais. “Vivemos uma onda de retrocessos gravíssimos. Etnias se tornaram vítimas de ataques que precisam de respostas”, afirmou o deputado, citando a Medida Provisória 870/19, do presidente Bolsonaro. Ela esvazia a FUNAI e transfere ao Ministério da Agricultura, que representa o agronegócio, a demarcação de terras.

Audiências Públicas - André lembrou que o “Abril Indígena” acontece na Assembleia Legislativa desde 2008, em uma história bonita em parceria com o Conselho dos Povos Indígenas, e se consolidou ao longo dos anos, com conquistas relevantes em políticas públicas. Este ano, após a instalação da Frente Parlamentar, duas audiências públicas trataram das lutas dos povos indígenas em Minas e no plano estadual. Lideranças destacaram as ameaças. “Os direitos indígenas na Constituição custaram o sangue de milhares de guerreiros. Uma forma de exterminar a cultura indígena é tirar sua terra, é municipalizar a saúde, tirar a educação de dentro das aldeias”, afirmou o cacique Domingos Xariabá . “A saúde perpassa por várias questões como a territorial e a qualidade da água dos nossos rios”, explicou Alexandre Pataxó.


 

Parlamento Jovem debate discriminação étnico-racial

Com o tema “Discriminação étnico-racial”, foi aberto nesta sexta-feira, dia 12, o Parlamento Jovem 2019, projeto de formação política de estudantes do ensino médio. O deputado André Quintão, que foi um dos idealizadores do projeto e acompanhou todas as suas edições, participou da solenidade, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa. André destacou que o projeto tem êxito porque conta com o protagonismo dos próprios jovens e além de instrumento de formação, permite que eles incidam na política, com propostas que podem se tornar leis e ações públicas. O Parlamento Jovem tem a coordenação da Escola do Legislativo. Esta é a sua 16ª edição e este ano ele envolve 95 Câmaras Municipais, tendo três etapas: municipais, Regionais e Estadual. Na Plenária Estadual, já marcada para setembro, os jovens votarão o Documento Final a ser encaminhado à Comissão de Participação Popular(CPP), com as suas propostas. O tema de 2019 foi divido em três subtemas para orientar os debates: desigualdades socioeconômicas, violências por motivo étnico-racial e direitos às identidades e à diversidade cultural.

 

 

BETIM

Segurança Alimentar

O deputado André Quintão participa, neste sábado, dia 13, do Seminário do “Plano Emergencial de Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional e da Economia Popular Solidária em acampamentos e pré-assentamentos de reforma agrária em Minas Gerais” , promovido pela Caritas Brasileira e a Sedese/MG. O evento acontece neste fim-de-semana em Betim e encerra uma etapa do Plano. .

 


Edição: Pedro Castro / Camila Bastos • Programação Visual: Anderson Rodrigo • Fotos: ALMG

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