BOLETIM ELETRÔNICO SEMANAL • DEPUTADO ANDRÉ QUINTÃO • EDIÇÃO N° 553 • 18/02/2021

 

Campanha da Fraternidade 2021 critica “Necropolítica” do governo federal e sofre reações

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) abriram nesta quarta-feira de cinzas, dia 17, a V Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE). A cada cinco anos, desde 2000, a Campanha da Fraternidade é produzida reunindo líderes de diversas religiões cristãs. Neste ano, o tema é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz. Do que era dividido fez uma unidade”, (Ef 2,14a), visando a reflexão e superação desse tempo de polarização e obscurantismo.

O texto-base da Campanha faz críticas ao governo federal pelo negacionismo à ciência e ao papel de organismos como a ONU e a OMS e por não ter adotado “medidas efetivas no combate à pandemia de Covid-19”, que já matou mais de 240 mil pessoas no país. O documento faz menção à “necropolítica” e alerta para o crescimento da violência contra as mulheres, a população negra, indígenas e pessoas LGBTQI+. “Os sinais de necropolítica são perceptíveis em setores de Segurança Pública, que é altamente violenta e repressiva contra pessoas negras e pobres. Da mesma forma, pode-se ver a necropolítica na não regulação dos territórios indígenas”, afirma.

Críticas ao texto - O presidente da CNBB e arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, lançou a Campanha na Catedral Cristo Rei, na região Norte da Capital, com limitação de fiéis em função da pandemia. Ele justificou o texto-base, que tem sido alvo de críticas nas redes sociais e incitação a boicote por ultraconservadores. “A nossa Igreja está no caminho da unidade. Quem é cristão de verdade não ataca, não pisa, não descrimina; ao contrário, promove a unidade”, afirmou.

 
 

Minas registra 140 mortes em 24h e vacina
só chegou a 2% da população

Enquanto no mundo, a vacinação avança, o Brasil sofre com a falta de um plano nacional de imunização consistente, sem datas precisas para a chegada dos imunizantes importados e dos insumos para fabricação da vacina no País. Diversos estados e cidades já suspenderam a vacinação.

Iniciada exatamente há um mês, no dia 18 de janeiro, a vacinação em Minas caminha lenta. O Ministério da Saúde enviou para Minas Gerais apenas 1.171.180 doses de vacinas contra a Covid-19 e, até agora, foram aplicadas 433.553 primeiras doses e 145.602 segundas doses do imunizante, perfazendo pouco mais de 2% da população.

Mais mortes - De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram 140 mortes nas últimas 24 horas e um total de 5.547 novos casos da doença confirmados. Desde o início da pandemia, 17.249 pessoas perderam a vida para a Covid-19 no Estado.

 
 

PT protocola quatro projetos no Senado para barrar decretos de Bolsonaro sobre armas e recorrer ao STF

A bancada do PT no Senado já protocolou quatro Projetos de Decretos Legislativos para sustar os efeitos dos decretos que o presidente Bolsonaro publicou na sexta-feira, véspera do Carnaval, que ampliam a quantidade e as possibilidades de acesso e porte de armas de fogo e munições no País.

Na quarta-feira, dia 17, o PT protocolou, também, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os decretos publicados pelo presidente. Na ação, o PT defende que os decretos violam a literalidade de dispositivos da Constituição e atentam contra a democracia. Pelos decretos do presidente, quem já tem liberação para ter quatro armas poderá ter seis; os atiradores terão direito a ter até 60 armas, e os caçadores 30 armas de fogo, construindo arsenais particulares.Além disso, flexibiliza-se o controle pelas Forças Armadas.

 
 

Morre na Amazônia, de covid-19, o guerreiro Aruká, o último homem do povo Juma

Indígena recebeu “tratamento precoce”, com azitromicina e ivermectina, não recomendados pela OMS

“O governo assassinou Aruká”, lamentou, em dura nota a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi). O indígena morreu em Rondônia, nesta quarta-feira, dia 17. Segundo a Coiab, a pandemia do novo coronavírus já atingiu 34.529 indígenas na Amazônia brasileira. Conforme o levantamento publicado no dia 11 de fevereiro, morreram da doença 783 pessoas de 107 povos.

 


Edição: Cândida Canedo, Pedro Castro | Programação Visual: Anderson Rodrigo | Fotos: ALMG

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