Minas precisa de uma guinada
no enfrentamento à Covid

“Casa arrombada, tranca na porta”. O deputado André Quintão avaliou em Plenário, na quarta-feira, a decisão do governador Zema de adotar as necessárias medidas restritivas em todo o Estado, mas que precisam ser acompanhadas de outras igualmente urgentes. “Chegamos a esta triste realidade hoje exatamente pelos graves equívocos do Governo Federal e do Governo Zema”, afirmou. Ressalvou que não se trata de “olhar pelo retrovisor”, mas avaliar os erros para avançar, e para que Minas Gerais possa dar uma guinada no enfrentamento à pandemia.

André destacou que um dos grandes erros do governador foi a sua omissão, de somente agora tratar com rigor as medidas restritivas, de esperar de braços cruzados o Plano Nacional de Imunização de Bolsonaro, de não se preparar com antecedência para adquirir ou mesmo produzir a vacina, apoiando a transferência de tecnologia para a FUNED. Junto às medidas de isolamento social, agora vigentes, são indispensáveis outras para assegurar que sejam cumpridas, ao mesmo tempo em que se busca agilizar a vacinação. ”E necessário promover a segurança alimentar e uma transferência de renda complementar ao frágil auxílio do Governo Federal, oferecer alternativa econômica para pequenos e médios comerciantes, e apoiar os municípios na Atenção Básica à Saúde e ampliação de leitos e de pessoal”, afirmou.

Estado ultrapassou 1 milhão de casos

Nesta quinta-feira, Minas Gerais registrou a triste marca de 1 milhão de infectados desde o início da pandemia, conforme informações da Secretaria de Estado de Saúde. O número de casos registrados em 24h bateu recorde, nesta quinta, com 11.372 contaminados. No mesmo prazo foram registradas 274 mortes. Ao todo, o Estado chegou a 1.003.104 pessoas infectadas com a doença e 21.303 vidas perdidas para a Covid-19. E o cenário no sistema de saúde é muito grave: Belo Horizonte registrou nesta semana 96,6% de ocupação nas UTIs, considerando o SUS e o setor privado. Em todas as regiões de Minas os leitos de enfermaria e de UTI também estão no limite ou quase. É preciso maior rigor no isolamento social, defendem os especialistas.

CPI abre os trabalhos para investigar fura-filas na vacinação e baixo investimento na Saúde

Começaram nesta semana os trabalhos da CPI instaurada na Assembleia Legislativa para investigar as denúncias de vacinação irregular na Secretaria de Estado da Saúde, o baixo investimento na ampliação de leitos na pandemia e a não aplicação do mínimo exigido pela Constituição em Saúde pelo Governo Zema. Com a gravidade das denúncias e a instalação da CPI, o então secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral foi exonerado.

A composição da CPI foi definida por indicação dos líderes dos Blocos Parlamentares: pelo Bloco Democracia e Luta, integram a CPI Ulysses Gomes (PT) como membro efetivo, e Cristiano Silveira (PT) como suplente. Na primeira reunião da CPI, nesta quinta-feira, 18, foram eleitos por unanimidade para presidir a Comissão o deputado João Vitor Xavier (Cidadania) e como vice-presidente o deputado Ulysses Gomes. O relator será o deputado Cássio Soares (PSD). Compõem, ainda, a Comissão como membros efetivos os parlamentares: Repórter Rafael Martins (PSD), Sávio Souza Cruz (MDB) Roberto Andrade (Avante) e Noraldino Júnior (PSC).

Reunião avalia situação das
Escolas Indígenas em Minas

O Mandato do deputado André Quintão participou nesta segunda-feira, dia 15, de reunião, de forma remota, com lideranças indígenas para avaliar a situação da Educação Indígena em Minas com a pandemia, as pressões do governo para ações que não condizem com a sua realidade e o planejamento necessário para o retorno às aulas presenciais quando for possível. O encontro contou com a presença de lideranças de seis etnias, diretores das escolas, membros da Comissão de Educação Escolar Indígena, pedagogas, e representantes das Frentes Parlamentares em Defesa dos Direitos indígenas na Assembleia e da Câmara dos Deputados. Novas agendas foram definidas e a inclusão da educação entre temas centrais do tradicional ABRIL INDÍGENA neste ano, evento dos Povos Indígenas de Minas no mês de abril, que tem parceria com a Assembleia Legislativa.

Pesquisa Datafolha mostra que cresce rejeição a Bolsonaro e 71% apóiam medidas restritivas

Pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha nesta quarta-feira, dia 17, que consultou 2.023 pessoas por telefone nos dias 15 e 16, mostrou que a rejeição ao presidente Bolsonaro na gestão da pandemia disparou para o maior nível, ficando em 54%. Em janeiro, eram 48%. Sobre quem consideram culpado pela fase aguda da pandemia, 43% apontam Bolsonaro, enquanto 17% os governadores e 9% responsabilizam os prefeitos. Os demais culpam todos, a sociedade ou não responderam. >> LEIA MAIS

Apoio a restrições ao comércio e serviços - Nesta quinta-feira, o Datafolha divulgou o resultado sobre restrições ao funcionamento do comércio e serviços. 71% apóiam as restrições para a conter o avanço da Covid e 59% entendem que é mais importante deixar as pessoas em casa do que estimular a economia. >> LEIA MAIS

Em entrevista à CNN Internacional, Lula sugere reunião do G-20 para tratar de vacinas e doação dos EUA das excedentes

Edição: Cândida Canedo, Pedro Castro | Programação Visual: Anderson Rodrigo | Fotos: ALMG

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