Compra de vacinas por empresários pode atrasar imunização

Enquanto o Brasil atinge a maior média diária de mortes por Covid-19 do mundo, sob os protestos da oposição, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 948, que atende lobby de grandes empresários e amplia as possibilidades de compra e uso da vacina pela iniciativa privada. “A vacinação tem que ser pública, é um absurdo institucionalizar o “fura-fila” e provocar a disputa na escassez, quando todos os esforços devem ser feitos para viabilizar a vacinação universal, com o menor prazo possível para os grupos prioritários, como aconselha a Ciência, observa o deputado André Quintão.

O PL segue agora para o Senado, mas já recebeu uma chuva de críticas de especialistas, movimentos sociais e políticos. O deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde do Governo Dilma, argumentou que a proposta vai tirar oportunidades de os governos federal, estaduais e municipais adquirirem vacinas para o SUS e, na prática, reservar essas vacinas para quem tem dinheiro e acesso a elas. “Isso pode criar a situação absurda de atrasar ainda mais o Programa Nacional de Vacinação do nosso País”, afirmou Padilha. Além disso, o PL permite que as empresas adquiram e apliquem vacinas ainda não aprovadas pela ANVISA.

LEIA MAIS sobre os critérios do novo PL

Estado já pode fazer contratações
para combate à Covid-19

O governo de Minas já pode ampliar a mão de obra e os serviços de saúde para o combate à pandemia de Covid-19, utilizando alternativas previstas na Lei 23.799/2021. A Lei, originária de PL aprovado na última semana pela Assembleia, de autoria do presidente Agostinho Patrus e que teve o deputado André Quintão como relator, foi sancionada nesta segunda-feira, dia 5, pelo governador. “Esperamos que o governo seja ágil na sua implementação”, afirmou André.

Mais médicos - Os contratados poderão prestar serviços em hospitais filantrópicos e privados conveniados com o SUS, além das unidades da rede pública do Estado. A Lei prevê a contratação de médicos estrangeiros residentes no Brasil que tenham participado do Programa Mais Médicos, de aposentados da área da saúde, estagiários com supervisão de profissionais e voluntários. O governo tem que fazer, em até 15 dias, um cadastro para inscrição dos profissionais e gestão de sua alocação. Haverá também uma lista com informações sobre a necessidade de insumos e equipamentos, para facilitar o compartilhamento entre os municípios. São medidas que visam enfrentar os problemas de superlotação nos hospitais e falta de insumos.

Campanha em defesa da Serra do Brigadeiro

Brasil vive o pico epidêmico da fome:
19 milhões têm fome no dia a dia

Entre 2018 e 2020, o aumento foi de 27,6%. País retrocedeu 15 anos em cinco

Pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN) e divulgada nesta semana revelou que 19 milhões de pessoas enfrentavam a fome em seu dia a dia em 2020, ou seja, situação de insegurança alimentar grave – e que deve ter se acentuado este ano, com o fim do Auxílio Emergencial. Em situação de insegurança alimentar, números absolutos indicam que estavam mais da metade dos domicílios brasileiros, isto é, 116,8 milhões de pessoas. A pesquisa foi realizada em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país, em áreas urbanas e rurais, entre 5 e 24 de dezembro de 2020. O estudo mostra que o Brasil voltou ao patamar anterior a 2004. Entre 2018 e 2020, o aumento da fome foi de 27,6%.

CLIQUE AQUI e veja aqui a Pesquisa completa

Lula conclama os brasileiros:
“O país tem jeito e temos de lutar”

O ex-presidente Lula , em entrevista nesta quinta-feira ao site Diário do Centro do Mundo, chamou a população a não normalizar as mortes, a fome e a miséria. “Não podemos baixar a cabeça”, disse. Lula afirmou que a luta tem que ser agora, para viabilizar a vacina, o Auxílio Emergencial de R$ 600,00, o apoio aos pequenos e médios empresários. O ex-presidente acusou o governo Bolsonaro de “imbecilidade fiscalista” e desafiou o ministro Paulo Guedes a mostrar os recursos do Tesouro. Ele afirmou que em 20 de dezembro passado, o governo tinha 1 trilhão e 450 bilhões de reais, que deveriam ser colocados a serviço da economia brasileira, como fizeram recentemente os Estados Unidos. >>LEIA MAIS

Dia Mundial da Saúde é lembrado com a
defesa do SUS e da vacinação universal

Na quarta-feira, 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, houve manifestações e atos simbólicos em defesa do SUS, da vacina para todos e todas, da quebra de patentes, dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da Saúde, do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia e por #Fora Bolsonaro e sua política irresponsável.

CLIQUE AQUI e leia aqui a NOTA do NAPP de Saúde do PT

Edição: Cândida Canedo, Pedro Castro | Programação Visual: Anderson Rodrigo | Fotos: ALMG

Para garantir que nossos comunicados cheguem em sua caixa de entrada, adicione o email boletimeletronico@andrequintao.com.br ao seu catálogo de endereços.