11 de novembro de 2019
ALMG

Homenagem ao Sind-Saúde ratifica importância dos trabalhadores na luta contra os retrocessos


Sind-Saúde é um dos expoentes na defesa ao trabalho feito pelo SUS. (Foto: Ricardo Barbosa/ALMG)

A Assembleia Legislativa homenageou, nesta segunda (11), o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), por conta dos 36 anos de atuação da organização. Autor do requerimento para a solenidade, o deputado estadual André Quintão, líder da oposição ao governo de Romeu Zema no Parlamento estadual, destacou a importância dos trabalhadores organizados na luta contra os desmontes sociais impostos a nível estadual e federal.
 
André destacou o papel do sindicato na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. “O sindicato, desde a década de 1980, atua não apenas por reivindicações ligadas à jornada de trabalho e ao plano de carreira dos servidores, mas também pelo fortalecimento do sistema de saúde pública em Minas Gerais“, ressaltou.
 
Em greve desde a última quinta, os servidores de estado da Saúde têm se queixado sobre a ausência de valorização por parte do governo. Neuza Freitas, presidenta do Sind-Saúde, falou sobre a necessidade das mobilizações para impedir a proliferação de retrocessos sociais. “O SUS é nosso maior patrimônio. A atual conjuntura nacional e internacional nos assusta. Estão destruindo várias conquistas da classe trabalhadora, e isso nos preocupa. Absolutamente nada é conquistado sem luta. Precisamos defender os servidores e o serviço público“, comentou.

Simbolismo

Cada um dos 77 parlamentares estaduais têm direito a promover uma reunião especial por ano. André justificou a escolha pela homenagem ao Sind-Saúde, justamente, por conta da história de luta e resistência encampada pelo sindicato.
 
Se não arregaçarmos as mangas e lutarmos em defesa da Constituição Federal e das políticas públicas, tudo o que construímos pode ir por água abaixo. Sabemos os prejuízos que a Emenda Constitucional 95, que congelou gastos por 20 anos, pode trazer à saúde. Temos, também, a Reforma Trabalhista, que retira direitos, e a Reforma da Previdência, prestes a ser sancionada, e que não atacou privilégios. Temos, ainda, uma onda conservadora e de ódio. Não queremos um país onde as políticas públicas sejam privatizadas. São lutas que travamos em Minas Gerais e no Brasil”.
 

Sind-Saúde recebeu, das mãos de André Quintão, uma placa comemorativa por sua destacada atuação. (Foto: Ricardo Barbosa/ALMG)

Escola de Saúde

Os trabalhadores da saúde pública em Minas Gerais têm tido destacado papel na luta contra o governo privatista de Zema. No início do ano, Zema enviou à Assembleia as bases de sua Reforma Administrativa. Um dos pontos do texto tratava da extinção da Escola de Saúde, instituição fundamental no fomento ao SUS e na formação de profissionais qualificados. No entanto, graças à articulação conjunta entre o Sind-Saúde e a oposição, a proposta foi do projeto, evitando o fim de um patrimônio do povo mineiro.
 

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