27 de abril de 2017
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Indígenas fazem manifestação em Brasília e são reprimidos

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Povos que vivem em Minas estiveram presentes

 

Na tarde desta terça-feira (25), cerca de três mil indígenas que participam do 14º Acampamento Terra Livre, até sexta-feira, tomaram as ruas da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, reivindicando a demarcação de terras e o fortalecimento da FUNAI. Depois de realizarem uma “marcha fúnebre”, com quase 200 caixões para depositarem no espelho de água do Congresso, os indígenas foram fortemente reprimidos pela Polícia Militar e impedidos de entrar no Congresso, com bombas de efeito moral, cassetetes, balas de borracha. No Plenário, parlamentares da oposição discursaram contra a violência e a falta de diálogo do Governo.

 

De Minas Gerais, os povos Pataxó, Krenak, Xakriaba e Pankararu estiveram presentes no ato. Para Xé Pataxó, liderança dos Pataxó, “a repressão mostrou que o governo Temer não tem nem vontade de dialogar e de negociar sobre questões indígenas”.

 

“Essa marcha simboliza o genocídio que o governo, o Congresso e a Justiça estão fazendo com os direitos dos povos indígenas. Queremos mostrar para o Brasil e o mundo o quanto a legislação indigenista brasileira está sendo atacada”, disse Kleber Karipuna, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). O Acampamento Terra Livre é um encontro anual desde 2003, organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), com apoio de organizações indígenas, indigenistas, da sociedade civil e movimentos sociais.

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