4 de novembro de 2016
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“UM ANO DE LAMA E LUTA”

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Neste sábado, dia 5 de novembro, completa um ano a tragédia de Mariana e uma série de atividades, desde a última semana, debate, alerta e cobra urgência para medidas que reparem os danos às famílias atingidas e ao meio ambiente, reconstruam os povoados, limitem licenciamentos e regulem a atividade mineradora, para que nunca mais aconteça. “A mineração tem que ser regulada e fiscalizada, não pode seguir destruindo aquíferos, comprometendo vidas humanas, a flora e a fauna, e deixando populações inteiras sob riscos cotidianos”, afirma o deputado André Quintão, que acompanha as iniciativas de Lei na Assembleia e, como secretário, em 2015, esteve em Mariana e Barra Longa para a primeira assistência aos atingidos.

 

O rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco (Vale/BHP Billiton), matou 19 pessoas e feriu quatro gravemente, destruiu os povoados de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, deixou mais de 300 famílias desabrigadas, contaminou as águas e matou os peixes do Rio Doce, comprometeu o abastecimento de 12 cidades, devastou 700 hectares de áreas de preservação permanente e espalhou um rastro de lama, desespero e prejuízos em Minas Gerais e no Espírito Santo até o oceano. Foram mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Vidas, sonhos e projetos ceifados.

 

Na manhã desta segunda-feira, dia 31, integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) iniciaram a marcha “UM ANO DE LAMA E LUTA” saindo de Regência (ES), no Litoral, em sete ônibus, e fazendo o caminho inverso da lama até Mariana (MG), onde abriram na quarta-feira o “Encontro dos Atingidos da Bacia do Rio Doce”, com atividades até sábado. Os manifestantes chamaram a atenção para as destruições no percurso da maior tragédia socioambiental do País, denunciaram a impunidade, cobraram as responsabilidades da mineradora e divulgaram a Carta “Por que marchamos?”. ”Marchamos porque não queremos que crimes como este sejam esquecidos, e que fiquem impunes, ou que venham a se repetir pela irresponsabilidade das autoridades e empresários responsáveis”, diz a Carta. Denúncia do Ministério Público Federal (MPF) responsabiliza 22 pessoas e quatro empresas pela tragédia.

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