LULA: DEFESA DA SOBERANIA É O QUE DEVE UNIR OPOSIÇÃO
Na entrevista que concedeu nesta quarta-feira (5) ao DCM e Tutameia, o ex-presidente Lula disse que a soberania do Brasil é a batalha principal da oposição ao governo de Jair Bolsonaro; “Defendendo a soberania, você está defendendo o seu país, o seu território, o seu povo e as suas riquezas. Mostrando para sociedade o que vai acontecer com o país se ele não for soberano”; Lula disse ainda que não interessa para o Brasil ficar “de quatro” para os Estados Unidos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira, 5, em entrevista aos sites DCM e Tutameia, que a defesa da soberania nacional deve ser o elemento principal na união da oposição ao governo de Jair Bolsonaro.
“Temos motivos de sobra e bandeira para ir para a rua juntos, e coloco a questão da soberania como coisa muito forte. Defendendo a soberania, você está defendendo o seu país, o seu território, o seu povo e as suas riquezas. Mostrando para sociedade o que vai acontecer com o país se ele não for soberano”, disse Lula em trecho da entrevista divulgado pelo Tutameia.
“A coisa mais interessante nesse momento – tem a briga pelo salário, pelo emprego, pela manutenção de uma previdência justa para as pessoas– é a questão da soberania nacional. Vamos compreender soberania nacional não só como os limites das nossas fronteiras. A parte principal dentro de um país soberano é o seu povo, a sua qualidade de vida, de comida, de educação, pesquisa, biodiversidade, riquezas minerais, empresas púbicas”, disse Lula.
Lula diz que não interessa para o Brasil ficar “de quatro” para os Estados Unidos. “Aos Estado Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando a América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interessa que a relação do Brasil com a China, muito respeitosa, com a Rússia, muito respeitosa, com a Índia. Não interessa”, afirmou o ex-presidente.
Lula também criticou a reforma da Previdência, dizendo que a medida é vendida pelo governo como solução para todos os problemas do País, mas “visa resolver o problema para os bancos”; e criticou o projeto de flexibilização das leis de trânsito por Jair Bolsonaro. “É o projeto de lei da morte”.
O ex-presidente pediu para o povo continuar na luta pelos seus direitos. “Nada de desespero. Nada de achar que não vale lutar. A única coisa que resolve é a luta. É a luta, é a luta. E o povo brasileiro tem direito de lutar para conquistar melhores dias”, e fez uma defesa enfática da democracia no Brasil.
“Não brinquem com a democracia. Eu acho (que ela está ameaçada). Não brinquem”. E definiu: “A democracia não é um pacto de silencia, eu tô no governo e todo mundo tem de ficar quietinho. Não. A democracia é uma sociedade em movimento em buscas de conquistas de coisas mais importantes para sua vida”.
Leia na íntegra a matéria do Tutameia.