16 de julho de 2019
CPI DE BRUMADINHO

VALE IGNOROU INSTABILIDADE DA BARRAGEM E EXPÔS CENTENAS AO RISCO DE MORTE

A CPI da Barragem de Brumadinho ouviu, nesta segunda (15), funcionários de empresas terceirizadas que davam expediente na Mina do Córrego do Feijão. Os depoentes trabalhavam para a Reframax, Fugro In Situ Geotecnia e Alphageos Tecnologia Aplicada. Para o relator da comissão e líder do Democracia e Luta, deputado André Quintão, as falas tornam ainda mais evidente a postura omissa da Vale, que sabia dos riscos corridos pelos profissionais que atuavam nas proximidades do empreendimento. Mesmo sabendo do iminente risco de #rompimento, a #mineradora nada fez para evitar o desastre.

André lembrou que a mineradora não tomou as devidas providências após o vazamento de água e lama do talude da barragem, em meados de 2018, o que inviabilizou a continuidade da instalação de drenos na estrutura. “A Vale sequer mudou de lugar o refeitório e as instalações administrativas, deixando centenas de pessoas à mercê da instabilidade da barragem”, condenou.

O relator criticou, ainda, a forma como a Vale lidou com as rotas de fuga, utilizadas por seus trabalhadores em caso de rompimento. André destacou que a empresa sabia que as pessoas teriam menos de um minuto para escapar da lama, mas omitiu a informação nos simulados e treinamentos promovidos.

O parlamentar classificou a rota de salvamento estabelecida pela mineradora como um “atestado de óbito coletivo”, impedindo que as pessoas pudessem tomar a decisão de permanecer, ou não, próximas à barragem. “Todos os depoimentos revelam o desconhecimento dos funcionários sobre a chegada da lama em 60 segundos. Foram feitas rotas de fuga que duravam 5, 8 ou 20 minutos, pois seria impossível o salvamento em menos de um minuto. Não por outro motivo, hoje convivemos com mais de 270 mortes”, comentou.

15ª REUNIÃO ORDINÁRIA DE 18/07/2019 ÀS 09:30

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ÁUDIOS:

Itatiaia FM 95,7 – MG
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Inconfidência AM 880
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CBN FM 106,1 – MG
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TELEVISÃO:

REDE GLOBO MGTV2
CPI da Assembleia ouve funcionários terceirizados da Vale


TV Globo Minas (Belo Horizonte / MG) – Bom Dia Minas
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TV Record Minas
Funcionários terceirizados da Vale prestam depoimento na CPI da ALMG


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A #CPIdaBarragem de #Brumadinho ouviu, nesta #segunda (15), funcionários de empresas terceirizadas que davam expediente na Mina do Córrego do Feijão. Os depoentes trabalhavam para a Reframax, Fugro In Situ Geotecnia e Alphageos Tecnologia Aplicada. Para o relator da comissão e líder do #DemocraciaELuta, @andrequintaopt, as falas tornam ainda mais #evidente a postura omissa da #Vale, que sabia dos #riscos corridos pelos profissionais que atuavam nas proximidades do empreendimento. Mesmo sabendo do iminente risco de #rompimento, a #mineradora nada fez para evitar o #desastre. André lembrou que a mineradora não tomou as devidas providências após o vazamento de água e lama do talude da barragem, em meados de 2018, o que inviabilizou a continuidade da instalação de drenos na estrutura. “A Vale sequer mudou de lugar o refeitório e as instalações administrativas, deixando centenas de pessoas à mercê da instabilidade da barragem”, condenou. O #relator criticou, ainda, a forma como a Vale lidou com as rotas de fuga, utilizadas por seus trabalhadores em caso de rompimento. André destacou que a empresa sabia que as pessoas teriam menos de um minuto para escapar da lama, mas omitiu a informação nos simulados e treinamentos promovidos. O parlamentar classificou a rota de salvamento estabelecida pela mineradora como um “atestado de óbito coletivo”, impedindo que as pessoas pudessem tomar a decisão de permanecer, ou não, próximas à barragem. “Todos os depoimentos revelam o desconhecimento dos funcionários sobre a chegada da lama em 60 segundos. Foram feitas rotas de fuga que duravam 5, 8 ou 20 minutos, pois seria impossível o salvamento em menos de um minuto. Não por outro motivo, hoje convivemos com mais de 270 mortes”, comentou.

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