Mesmo com alinhamento automático, com direito a “eu te amo” nos bastidores da ONU, governo estadunidense ignora Brasil na expansão do “clube dos países ricos”
O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, recuou da promessa de endossar o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em março deste ano, o anúncio do apoio de Trump ao Brasil, em entrevista coletiva na Casa Branca, foi comemorado pelos defensores do alinhamento automático aos EUA como grande vitória.
“Que invertida! Que vergonha!”, comentou o senador Humberto Costa (PE), líder da Bancada do PT no Senado Federal, em sua conta no Twitter. “O lambe-botas do Jair Bolsonaro, que tinha anunciado o apoio americano como grande trunfo, passa mais uma humilhação mundial”, disse ainda o senador pernambucano.
Em julho, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, havia reiterado o apoio de Washington ao ingresso do Brasil na instituição. Em contrapartida, o Brasil ofereceu a Trump a entrega da plataforma de lançamento de foguetes de Alcântara, liberação de visto para turistas dos EUA e cooperação nas agressões à Venezuela.
No documento, enviado no final de agosto, o secretário Mike Pompeo, informou que os Estados Unidos apoiariam apenas o ingresso da Argentina e da Romênia. “Os Estados Unidos continuam a preferir a ampliação a um ritmo mais lento levando em consideração a necessidade de pressionar pelo planejamento de governança e sucessão”, afirmou Pompeu na carta.
“Ou Trump não está nem aí para Bolsonaro, ou a burocracia do governo americano não está nem aí para Trump”, assim reagiu o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, segundo o site Brasil 247. No governo do ex-presidente Lula, o Brasil foi convidado e recusou por não ser do interesse econômico nacional.
Por PT no Senado
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