O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho e líder do Bloco Democracia e Luta, deputado André Quintão (PT), apresentou, na quinta-feira (09/05), um balanço parcial das atividades do colegiado, que está prestes a completar 60 dias de funcionamento. O parlamentar lembrou que os trabalhos estão em uma espécie de segundo estágio. Nele, testemunhas e possíveis envolvidos com o crime têm prestado esclarecimentos aos integrantes da CPI.

“Estamos ouvindo representantes das auditorias externas e, também, responsáveis técnicos e a direção da Vale”, frisou André, lembrando que a comissão tem a intenção de colher depoimentos de diretores setoriais da mineradora e, também, de Fabio Schvartsman, presidente afastado da empresa.

O parlamentar destacou que uma das diretrizes da CPI é o diálogo com as comunidades afetadas pela tragédia. “A ideia do nosso relatório, além de apontar as causas do rompimento e os seus responsáveis, quer sugerir diretrizes que possam tratar da reparação aos atingidos e, também, ao meio-ambiente”, disse ele.

A Polícia Civil já identificou, até aqui, 237 mortos no rompimento da Mina Córrego do Feijão.

Histórico – Em suas primeiras atividades, a comissão estabeleceu diálogo com órgãos públicos que estiveram em Brumadinho logo após o rompimento. Foram ouvidas polícias Civil e Federal, o Corpo de Bombeiros, a Defensoria Pública, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público do Trabalho do Estado (MPT-MG).

André ressaltou, por fim, a promoção de audiências públicas não apenas em Brumadinho, mas, também, no entorno da Bacia do Paraopeba.