Dia do Trabalhador: que seja um grito forte, unindo vozes por direitos e solidariedade

Um “Concerto da Solidariedade Internacional” , em vídeo, é organizado pela CUT e 22 centrais de 16 países, homenageando os trabalhadores e as vítimas da Covid-19, com shows de diversos artistas. Sempre uma data de lutas, o Dia Internacional do Trabalhador neste ano traz motivos mais dramáticos e mais transparentes do que nunca para o grito por direitos, justiça social e proteção à vida com dignidade. As vozes se unem nas redes sociais.

No Brasil, os trabalhadores vivem a guerra contra o Coronavirus com dificuldades maiores, sob um governo que feriu a CLT com as reformas, agora dificulta o acesso aos auxílios emergenciais adotados em todo o mundo e confronta com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Tudo isso agravado por um presidente capaz de expressões odiosas como “E daí?”, diante de 5 mil brasileiros mortos!

A nossa homenagem a todos os trabalhadores e trabalhadoras e aos que estão na linha de frente na Saúde, Assistência Social e serviços essenciais públicos e privados! Não fugimos à luta. Neste 1º de Maio o grito será mais forte e de esperança!

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Prioridade é a prevenção com proteção social

No debate que a Assembleia Legislativa realizou na quarta-feira pela manhã, sobre o Plano Minas Consciente, com as presenças da presidente do Comitê de Acompanhamento das Ações de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG, professora Cristina Alvim, e do secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, ficou muito claro: a prioridade deve ser manter o isolamento social porque iniciar a reabertura do comércio agora, mesmo com protocolos e ondas, representa um risco de explosão da pandemia.

Alerta de se perder tudo
A professora explicou que não há testes suficientes para boas amostragens por região, que detectem precocemente um aumento de transmissão. São 80 mil casos suspeitos e menos de 10% testados. Com isso, há o risco de se flexibilizar considerando o número de UTIs adequado, mas essa necessidade crescer com rapidez. Para ela, a medida mais eficaz ainda é o isolamento social. “Se agirmos incorretamente tudo que se conseguiu até agora pode ser perdido em curto espaço de tempo”, alertou a professora. O Comitê reúne 30 pesquisadores de diversas áreas.

O deputado André Quintão questionou o secretário: “Não é papel de coordenação do governo reforçar o isolamento com condições de proteção social e apoio aos pequenos e médios comerciantes? Ou o papel de coordenar só existe para o retorno das atividades econômicas, sob pressão da Fiemg?” Destacou que, com amostragem insuficiente, não há segurança para que prefeitos e comerciantes sigam os protocolos previstos no planejamento. “O debate não é ideológico, mas de segurança de vidas humanas”.

Conselho de Juventude quer Plano Emergencial contra Covid -19

Um Plano Emergencial Operacional para atender as juventudes (15-29 anos) em Minas, com ações na saúde, educação, direitos humanos, a preservação de programas sociais como o FICA VIVO! e auxílio e proteção a jovens trabalhadores informais.
O pedido foi encaminhado pelo Conselho Estadual da Juventude (CEJUVE-MG) ao governador Romeu Zema, Ministério Público, Assembleia Legislativa e Defensoria Pública, alertando para o crescimento do número de casos suspeitos e de infectados pela Covid-19 entre a população jovem no Estado, contrariando previsões de menor incidência da doença nesta faixa etária. O Conselho cita, ainda, o dado alarmante do Mapa Brasileiro da COVID-19, que aponta Minas entre os dez piores índices de isolamento social, com apenas 45,3% de sua população isolada.

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Debate com Haddad: Caos vem de
4 anos de governo neoliberal

“Esta política econômica neoliberal, na verdade, já completou 4 anos, desde o Temer e agora com Bolsonaro”, afirmou o ex-ministro Fernando Haddad, em debate na TV PTMG pela Internet, sobre políticas públicas sociais, com o deputado André Quintão, líder do Bloco Democracia e Luta na Assembleia, mediado pelo deputado Cristiano Silveira, presidente do PT/MG nesta segunda-feira, 27.

Haddad lembrou, ainda, que se não fossem os 400 bilhões de dólares de reservas cambiais deixados pelo PT, Bolsonaro estaria hoje de pires na mão atrás do FMI. Para ele, o Brasil teria tudo para enfrentar esta crise com dignidade. “Mas o Guedes não bota a mão no bolso para nada, nem para políticas públicas, nem para os trabalhadores, nem para os pequenos e médios empresários. Não pagou, ainda, os 600 reais para a maioria que tem direito e ele queria 200”, citou.

André acrescentou que a Constituição de 88 apontou para o estado de bem estar social e nos governos de Lula e Dilma foram então estruturados e fortalecidos sistemas de políticas públicas como o SUS e o SUAS. Em Minas, diagnosticou André, o governador Zema quer bajular Bolsonaro e critica os políticos do Congresso, quando o Estado depende da aprovação da Lei de socorro a Estados e municípios.

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ONU denuncia Bolsonaro por
ameaçar a vida de milhões

Relatores da organização classificam de “irresponsáveis” as medidas de austeridade do governo brasileiro e cobram a revisão dos gastos públicos para combater a desigualdade e a pobreza.

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro convocava sua tropa de assalto de deputados para culpar os governadores pelas mortes por Covid-19 e bater boca com jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgava relatório classificando de “irresponsáveis” as medidas adotadas pelo governo brasileiro diante da pandemia de coronavírus. >> LEIA MAIS

Edição: Cândida Canedo, Pedro Castro | Programação Visual: Anderson Rodrigo | Estagiária: Marina Menta | Fotos: ALMG

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