21 de março de 2019
CPI DE BRUMADINHO

CPI da Barragem de Brumadinho define rumos de investigação

Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho, o deputado André Quintão defendeu na primeira reunião da Comissão, nesta terça-feira, dia 19, seriedade e foco nos trabalhos por sua dimensão e responsabilidade. “Temos objetivos concretos que vamos perseguir: identificar as causas do rompimento da barragem, responsabilizar todos que participaram direta ou indiretamente do ocorrido e garantir a reparação do que for possível – já que vidas humanas perdidas são irreparáveis; e então tomar as providências legislativas e requerer as administrativas para que jamais isso volte a acontecer”, resumiu. A CPI tem duração de 120 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. Ela vai se reunir ordinariamente às segundas-feiras às 14h30 e às quintas, às 9h30, no Plenário IV da ALMG.

Convocações – Na primeira reunião, foram aprovados requerimentos solicitando documentos e relatórios à Vale e a todos os órgãos já envolvidos nas investigações, tais como os Ministérios Públicos Federal e Estadual, Polícias Civil e Militar, entre outros. Passada esta fase, virão as convocações e já foram também aprovados requerimentos solicitando a presença da direção da Vale, dos movimentos sociais e sindicatos representativos dos funcionários, da Prefeitura, Câmara de Vereadores e da comunidade de Brumadinho. “Não vamos deixar que Brumadinho caia no esquecimento. É uma tragédia indescritível e a responsabilidade de todos os órgãos é grande”, afirmou André.

Buscas não têm prazos – Já nesta quinta-feira, 21, a Comissão recebeu membros da Força Tarefa em Minas responsável pela investigação e ouviu sobre o andamento dos trabalhos. O Coronel do Corpo de Bombeiros de MG, Ângelo Gomes da Silva, do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres, fez o relato das buscas, os cuidados para a não contaminação dos bombeiros e afirmou: “A previsão dos trabalhos de busca inexiste. Enquanto houver desaparecidos, vamos prosseguir”. O delegado assistente da Polícia Civil de MG, Arlen Bahia da Silva, informou os últimos números, sendo 210 mortos identificados, 91 desaparecidos e, no IML, de 498 casos, há 218 ainda não solucionados – relativos a segmentos corporais, ainda em exames. Ele garantiu que não faltam recursos humanos e técnicos para esse trabalho e que estão em permanente contato com as famílias.

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