Há um ano, exatamente no dia 13 de março, foi instalada a Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para apurar o rompimento da Barragem da Vale em Brumadinho, que deixou 272 mortos e um rastro de devastação. A apuração demonstrou que foi um crime da mineradora, que conhecia todos os riscos da Barragem e não tomou as providências devidas sequer para salvar vidas. Relator da CPI, o deputado André Quintão coordena agora o Grupo de Trabalho (GT) da Barragem de Brumadinho, instituído pela Assembleia para acompanhar o cumprimento das recomendações do Relatório Final da Comissão. “Queremos justiça e reparação. Esse crime não será esquecido”, afirma.

A CPI pediu o indiciamento dos responsáveis, entre eles do então presidente da empresa Fábio Schvartsman, e outros 11 funcionários, além de dois da consultora Tüv Süd. Em janeiro, o Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil ofereceram a denúncia contra as duas empresas e 16 pessoas e a Justiça acatou. Elas vão responder por crime de homicídio qualificado, e crimes contra a flora, fauna, entre outros.