Crime da Vale em Brumadinho: Ministério Público denuncia responsáveis e acata recomendações da CPI da Assembleia
Emoção e solidariedade marcaram o sábado, 25, em Brumadinho. A data marcou um ano do crime da Vale na cidade. O rompimento da barragem do Córrego do Feijão deixou 272 mortos — incluindo dois nascituros. Por toda a cidade, foram feitos atos em memória das vidas perdidas por conta das ações e omissões da mineradora.
Vindos de todos os cantos do pais, movimentos sociais e entidades estiveram em Brumadinho para deixar seu abraço e participar da celebração. Em frente ao letreiro localizado na entrada da cidade, o ato promovido mensalmente, a cada dia 25, foi carregado de simbolismo. Às 12h29, os presentes ficaram em silêncio por um minuto, em memória das vidas levadas pela lama.
Ministério Público acolhe recomendações
Em meio à tristeza que toma conta da vida de Brumadinho há 365 dias, um alento: o Ministério Publico de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia, no último dia 21, contra a Vale, seus responsáveis legais – entre eles o ex-presidente Fábio Schvartsman – e a empresa alemã Tüv Süd, empresa que emitiu o laudo que atestava a suposta segurança da barragem que se rompeu. A denúncia acolhe as recomendações feitas pela CPI da Assembleia.
“O Ministério Público reconheceu que a tragédia foi um crime, e que a Vale, através de seu ex-presidente e de vários funcionários, além da Tüv Süd, não tomaram as providências preventivas e deixaram que 272 pessoas tiveram suas vidas levadas precocemente“, comentou André.
Grupo de Trabalho
Instalada em abril do ano passado, a CPI de Brumadinho teve seu relatório final aprovado em setembro. No mesmo mês, a Assembleia criou um Grupo de Trabalho para monitorar o cumprimento das recomendações presentes no texto. Os integrantes do grupo têm se reunido mensalmente.